Santa Bárbara nasceu em Nicomédia, na Ásia Menor, em uma família pagã. Embora seus pais fossem fanáticos pagãos, ela secretamente se instruiu na religião cristã. Seu pai, Dióscoro, tinha grandes esperanças de casamento honroso para ela devido à sua beleza e inteligência. No entanto, quando descobriu que Bárbara era cristã, seu amor paterno se transformou em ódio. Ele ameaçou torturá-la e denunciou-a ao prefeito Martiniano.

Bárbara estava dividida entre o amor por seus pais e seu amor supremo por Cristo. Ela suportou o processo com firmeza cristã, reafirmando sua fidelidade a Cristo e sua dedicação à virgindade. Esse período ocorreu durante o reinado do imperador Maximiano, nos primeiros anos do século IV. O juiz, ao perceber a obstinação da jovem em professar sua fé, ordenou torturas cruéis, mas suas feridas sempre se curavam. Então, ele sentenciou Bárbara à morte.

Seu próprio pai, Dióscoro, em sua fúria pagã cega e desapontado com seus interesses, prontificou-se a executar a sentença. Ele atacou a filha, que se ajoelhou em oração, e decepou sua cabeça. Logo após cometer esse terrível crime, uma tempestade formidável se desencadeou e o pai, atingido por um raio, caiu morto.

A devoção a Santa Bárbara passou do Oriente para o Ocidente, principalmente em Roma, onde igrejas e oratórios em seu nome se multiplicaram desde o século VII. Ela é invocada como protetora contra mortes trágicas, perigos de explosões, raios e tempestades. Na iconografia cristã, Santa Bárbara é representada como uma virgem alta e majestosa, segurando uma palma, que simboliza seu martírio, um cálice, que representa sua proteção aos moribundos, e uma espada, que é o instrumento de sua morte.